Via : Saia do lugar

Publicado: quarta-feira, 21 setembro, 2016 às 20:39

Historicamente, nosso país e nosso povo são conhecidos pela capacidade de encontrar soluções inovadoras para os desafios que enfrenta.

Talvez, pelas dificuldades sociais aliadas às oportunidades naturais, os brasileiros foram impelidos a desenvolver sua capacidade criativa e diversificar a forma como encaram a vida.

Na cultura atual, isso se percebe no grande potencial empreendedor do país, que já está há alguns anos como o primeiro no ranking do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), feita no Brasil pelo Sebrae e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP).

Isso significa que, dentre vários países analisados, o Brasil é o que mais se destaca pela vontade das pessoas em ter seus próprios negócios e, mais do que isso, com a capacidade de colocar esses objetivos em prática.

De acordo com o GEM, quatro em cada dez brasileiros pretendiam tirar um negócio do papel em 2015. Nessa edição, o índice de empreendedorismo alcançou 39,3%.

A diferença entre empreender e abrir um negócio

Alguns especialistas avaliam o Brasil de hoje como os Estados Unidos da década de 50 do século passado
Alguns especialistas avaliam o Brasil de hoje como os Estados Unidos da década de 50 do século passado

Não basta tirar um projeto do papel para caracterizar um empreendimento. Para isso é necessário um fator diferente: a inovação.

O empreendedor é um empresário com um perfil bem distinto: atento às novas tendências, preocupado com soluções inéditas e que busca explorar campos de atuação carentes de atendimento e com excesso de demanda.

O nosso contexto econômico e social favorece esse perfil profissional.

Aqueles que possuem e desenvolvem esse tipo de característica conseguem se destacar dos potenciais concorrentes. Todos os anos, em média, cerca de 600 mil novos negócios são iniciados no país.

Atualmente, há aproximadamente 1,5 milhão de microempreendedores individuais no Brasil.

Comparando com o mundo

Em 2014, por exemplo, conforme publicou o portal da revista EXAME, nossa taxa de empreendedorismo no mesmo índice, foi de 34,5%.

Naquele ano, estivemos oito pontos à frente da China, que conseguiu 26,7%.

Seguindo no ranking, estiveram Estados Unidos (20%), Reino Unido (17%), Japão (10,5%) e França (8,1%).

Entre as economias em desenvolvimento, a taxa brasileira é superior à da Índia (10,2%), África do Sul (9,6%) e Rússia (8,6%).

Para que esse cenário de liderança se amplie ainda mais, três fatores que existem em países desenvolvidos precisam ser otimizados por aqui: formação educacional, auxílio governamental e oportunidade de investimento.

Formação educacional

Nós sabemos que a educação está no centro do desenvolvimento de qualquer nação.

Além da busca por uma formação educacional crítica e plural, é importante que a cultura do empreendedorismo esteja inserido nesse modelo de escola.

Incentivar as crianças a criar novos negócios é essencial pois é assim que poderemos encontrar saídas para nosso desenvolvimento como país.

Além de uma formação básica que paute o empreendedorismo, não se pode negligenciar o poder de transformação de cursos de capacitação para jovens e adultos nesse sentido.

Desde a profissionalização com a oferta de cursos de graduação, até formação técnica mais específica para a elaboração de Planos de Negócios, Gestão Financeira, etc.

Auxílio governamental

Além de incentivar nossas crianças e jovens a se transformarem em adultos investidores é preciso dar condições reais para que as ideias se transformem em projetos.

É nesse momento que o auxílio do governo é importante para desburocratizar processos e ajudar nas orientações necessárias.

A criação de legislações simplificadas, como o caso do Simples e do MEI, são bons exemplos de determinações que aumentam a fluidez da criação de empresas.

Os impostos reduzidos também são um tipo de ação governamental que pode ajudar bastante a incentivar o empreendedorismo no país.

Com menos taxas a pagar, o empreendedor se sente mais estimulado a investir. Isso também tem acontecido, com tarifas reduzidas e de fácil recolhimento.

Oportunidade de investimento

O último alicerce do adubo que pode fertilizar a cultura empreendedora no país está centrada nos próprios empreendedores.

Trata-se da busca e identificação de oportunidades de investimentos. Pessoas com o perfil citado acima, precisa estar disposta a assumir riscos para transformar as próprias realidades.

Afinal, empreender é isso. Observar a realidade que o cerca e perceber o que pode e/ou precisa ser melhorado.

O negócio inovador possui também essa capacidade de transformar a realidade, pelo menos, do microespaço com que se relaciona, desde empregar novas pessoas, até apresentar novos produtos ou serviços para as necessidades dos clientes.

Terreno fértil

Alguns especialistas avaliam o Brasil de hoje como os Estados Unidos da década de 50 do século passado.

Em outras palavras, estamos inseridos em um contexto com vários problemas coletivos que precisam ser solucionados.

Uma cultura empreendedora é a materialização de uma nação que se liberta na medida necessária da tutela estatal e começa a trilhar seus próprios caminhos.

Por outro lado, nosso contexto histórico, com ferramentas como a internet, nos tornam muito mais atrativos do que o antigo Tio Sam.

A rede mundial de computadores, é uma exemplo de ambiente que reduz drasticamente custos em muitos segmentos.

Em alguns casos, chega a dispensar infraestruturas físicas, geralmente, muito mais custosas do que as virtuais.

Quer outro exemplo de vantagem nossa? A diversidade cultural de nosso país, que possui tantas culinárias, músicas, artes e até mesmo aspectos geológicos que ampliam o leque de possibilidades de investimento, basta apurar o olhar e acreditar na sua ideia.

Sonho nacional

A cultura popular costuma dizer que o sonho nacional é o carro próprio.

Porém, de acordo com levantamentos do Sebrae, em 2014, ter seu próprio negócio só perdia como maior sonho do brasileiro para as intenções de ter uma casa própria e de viajar pelo país. Está na nossa alma empreender.

Segundo dados do governo federal, 76% dos brasileiros prefeririam ter um negócio próprio a ser empregado de outras pessoas. Essa taxa só é menor do que a encontrada na Turquia.

De cada 100 brasileiros que começam uma empresa, 71 deles não são motivados por necessidade de ganhar dinheiro, mas por alguma oportunidade identificada.

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E a crise?

Momentos como o atual traz incerteza para todos. Com a economia em recessão, o aumento do desemprego e a diminuição do poder aquisitivo da população balança todos os setores da economia.

Porém, geralmente, os principais prejudicados são os setores mais tradicionais e as empresas maiores.

Os empreendedores e novas empresas, como startup, tem tudo a ganhar.

Nesse ponto, entender a diferença entre o contexto macroeconômico e microeconômico ajuda a ainda mais a perceber porque alguns setores são mais prejudicados que outros.

Isso porque a mão de obra qualificada está à espera de boas oportunidades de atuação, assim como a população está com demanda alta por bons serviços ou produtos por preços competitivos.

É o momento mais propício para que o consumidor experimente novas marcas e fornecedores.

Então, por mais que não pareça, este cenário controverso é propício para o empreendedorismo no país que tende só a crescer.

Compartilhamento de conhecimento

Quem empreende sabe das dificuldades que marinheiros ou, no caso, empresário de primeira viagem passam.

Além disso, a geração conectada valoriza cada vez mais os valores do compartilhamento de informação.

Por isso, a competitividade do mercado não tem diminuído, mas está cada vez mais convivendo com a construção colaborativa do conhecimento.

Cada vez mais centros incubadores de empresas, centros de tecnologia e ambientes de gestação de startups tem se tornado comuns pelo país.

Esses parceiros se unem de modo muito mais fortalecedor do que as antigas relações entre fornecedores e compradores. Unidas, essas empresas crescem cada vez mais fortes, diminuindo os riscos de investimento.

Caminho a trilhar

Apesar de todo o cenário positivo, logicamente, ainda há muito o que melhorar.

As leis podem ser mais flexíveis e os financiamentos menos burocráticos. Além disso, as instabilidades políticas, eventualmente, podem comprometer algumas matérias já estabelecidas.

Porém, é preciso reconhecer o que já foi conquistado e saber aproveitar as oportunidades que postas hoje em dia no Brasil.

Se no mundo de hoje as mudanças são rápidas, no mundo das startups e empreendedorismo isso é ainda mais frenético.

Por isso, é importante estar atento e não deixar que as oportunidades passem desapercebidas.

Com isso, poderemos ser cada vez mais desenvolvidos e independente de produtos internacionais. É a competitividade de cada empresa que reflete a competitividade de um país.

Brasil – país do empreendedorismo

Como você acaba de ler, as grandes transformações dos últimos anos, aliadas ao contexto atual, nos dá todas as características desejáveis para um país empreendedor.

Por isso, não poderia haver instante mais propício para aqueles que desejam inovar no mercado. Então, não se acanhe ou tenha receio. Capacite-se e empreenda!

Precisamos falar sobre as oportunidades do empreendedorismo no Brasil!

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