Via : Sebrae

Publicado: quarta-feira, 21 fevereiro, 2018 às 13:44
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Em apenas um ano, o número de conexões de micro e mini geração de energia tiveram um rápido crescimento em MG

O Sebrae Minas está oferecendo consultoria especializada a empresários de Micro e Pequenas Empresas (MPE) interessados na geração de energia solar fotovoltaica para consumo próprio. O serviço inclui orientação para o planejamento de usinas fotovoltaicas e tem custo subsidiado pelo programa de consultoria tecnológica do Sebrae (Sebraetec), em parceria com a Codemig, que cobre até 80% o valor do projeto. Informações: 0800 570 0800.

A consultoria abrange um Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica Solar (EVTE), que reúne informações sobre eficiência energética, adaptação de infraestrutura para geração de energia solar, avaliação do potencial para geração de energia solar térmica, usinas fotovoltaicas individuais e coletivas e indicações de integradores de usinas. “A implantação de micro e mini usinas de geração distribuída, de forma individual ou consorciada, possibilita o aumento da eficiência energética dos pequenos negócios, diminuindo custos de uma forma sustentável”, destaca o analista do Sebrae Minas João Paulo Palmieri.

Além de oferecer consultoria tecnológica, o Sebrae Minas articulou, junto ao BDMG e a instituições da cadeia produtiva, a criação de uma linha de crédito com taxas reduzidas para as MPE interessadas em investir em energia fotovoltaica. “O objetivo é criar condições para que os empresários paguem os financiamentos com os ganhos financeiros obtidos na redução das contas de energia elétrica”, explica Palmieri.

A linha especial, chamada BDMG Solar Fotovoltaico, está em período de implantação pelo BDMG, em modelo de projeto piloto com clientes selecionados pelo banco. “O limite de crédito vai variar entre 5% e 25% do faturamento da empresa dos últimos 12 meses, com um teto de R$ 700 mil. O prazo de financiamento pode chegar a até 60 meses e as taxas serão a partir de 1,19% ao mês”, informa o analista.

 Potencial

A energia solar fotovoltaica representa, hoje, apenas 0,02% da oferta energética do país, enquanto a energia hidráulica, gerada pelas hidrelétricas, responde por 65% do consumo. A previsão é de que, em 2024, a utilização da fotovoltaica salte para 3,3%, o que significaria um aumento 200 vezes superior ao patamar atual.

Para se ter uma ideia do potencial brasileiro nesse setor, em um ano, o número de conexões de micro e mini geração de energia tiveram um rápido crescimento. São aproximadamente 17.334 conexões registradas no país em 2017, contra as 5.040 ligações registradas na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2016, um crescimento de 244% em um ano.

“Essas conexões representam uma potência instalada de 190.019 kW, “quantidade suficiente para subsidiar, em média, a demanda de energia de 8 mil pequenas indústrias”, exemplifica Palmieri. Minas Gerais é o estado com o maior número de micro e mini geradores, com 3.857 conexões, seguido de São Paulo (3.334) e Rio Grande do Sul (2.028).

 Inserção competitiva

A inserção competitiva e sustentável dos pequenos negócios mineiros na cadeia de geração distribuída de energia solar fotovoltaica é alvo de uma série de ações cooperadas entre o Sebrae Minas, o Governo do estado e a Fiemg.

Um protocolo de intenções assinado pelo Sebrae, Fiemg/Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sedectes), em abri do ano passado, prevê iniciativas em conjunto para o desenvolvimento do setor energético no estado. “Essa soma de esforços visa, inclusive, à construção de políticas públicas específicas para o fortalecimento do setor energético e suas cadeias produtivas no estado”, diz Palmieri.

Oportunidades

  • A área menos ensolarada do Brasil é mais ensolarada que a mais ensolarada da Alemanha, um dos países líderes no crescimento deste tipo de energia.
  • Grandes empresas de energia que atuam na geração centralizada estão abrindo um novo modelo de negócio para a geração distribuída a partir da fonte fotovoltaica.
  • Neste modelo, precisarão desenvolver uma rede de pequenos negócios para executarem em seu nome serviços de instalação, montagem, operação e manutenção de mini e micro usinas.
  • Grandes distribuidoras de energia estão abrindo empresas de consultoria em eficiência energética, que trarão novas oportunidades para a subcontratação de pequenos negócios.
  • O desenvolvimento de Redes Elétricas Inteligentes no país sinaliza uma gama de oportunidades de projetos de encadeamento com grandes empresas que estão precisando desenvolver sua cadeia de fornecimento para modernização das redes elétricas.

 

Energias renováveis acenam com oportunidades para os pequenos negócios

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