Via : Revista PEGN

Publicado: quarta-feira, 14 março, 2018 às 16:30
Prova da importância da revisão e atualização constante do plano de negócios é que 50% das empresas em atividade têm essa preocupação

Quando o assunto é recomendação para quem vai abrir a própria empresa, a elaboração de um plano de negócios aparece no topo da lista. Em geral, os empresários sabem da importância do planejamento.

Na prática, a história é bem diferente: 55% deles não elaboraram um plano de negócios antes de abrir uma empresa, segundo pesquisa Causa Mortis do Sebrae-SP. Além disso, planejamento é essencial também para cada passo que a empresa pretende dar e deve ser uma constante durante a sua trajetória.

A falta de planejamento prévio acaba sendo uma das causas da mortalidade dos negócios. “Muitos empresários não fazem o plano de negócios ou fazem apenas uma parte dele. E ainda quem faz o planejamento não pode deixar de acompanhá-lo. O plano de negócios não é uma ferramenta estática e deve ser sempre atualizado e seguido”, destaca o consultor do Sebrae-SP Fabiano Nagamatsu.

Prova da importância da revisão e atualização constante do plano de negócios é que 50% das empresas em atividade têm essa preocupação. Já entre as que já fecharam as portas, essa prática foi feita por 43%.

“Com o avanço da competitividade na economia brasileira, o empresário precisa acompanhar fatores internos e externos do segmento de mercado em tempo real se para manter no mercado. Por isso, o empreendedor deve utilizar o plano de negócios antes de começar um empreendimento ou em uma possível expansão do negócio”, reforça Nagamatsu.

É o caso da Mondial Brands, criada pelo empresário Alberto Gonçalves Neto. No começo, ele seguiu as recomendações à risca: elaborou o plano de negócios para uma operação voltada para o segmento de café gourmet e outros produtos premium. O negócio durou dois anos até ele ‘pivotar’, ou seja, reinventar o projeto.

Hoje, a Mondial Brands atua na distribuição de produtos orgânicos e saudáveis, atendendo a hotéis, lojas de produtos naturais, padarias, pequenas redes de supermercado e lojas de conveniência de postos de combustíveis. Também mantém um e-commerce para venda direta para o consumidor final. “O plano de negócios não funciona só no início.

Também funciona a partir do momento em que existe uma oportunidade de crescimento, inclusive de ampliação de novos canais, para mostrar para o investidor quanto vai ter de resultado, onde vai investir o dinheiro”, explica Gonçalves.

O empresário, inclusive, está em busca de investidores para a ampliação do negócio. No ano passado, a empresa cresceu 63% ao alcançar um faturamento de R$ 1,5 milhão. Caso tenha êxito na captação de recursos, a expectativa é crescer 100% este ano.

Segundo Gonçalves, existe um leque de oportunidades no mercado de produto orgânico e saudável e cada expansão exige muito planejamento. “Trata-se de um mercado novo no País e as portas e oportunidades precisam ser abertas”, destaca.

Gonçalves afirma que muitas pessoas não sabem como fazer um plano de negócios, mas ressalta que o sucesso da empresa não pode só depender do plano. “É um norte para o empreendedor entender o que vai fazer, onde vai aplicar o investimento, o que vai fazer com ele, mas não pode ficar preso nesse plano”, diz.

COMO FAZER

Para ajudar quem pretende fazer um plano de negócios, Nagamatsu listou passos importantes para seguir. O primeiro é fazer um estudo de mercado, ou seja, definir o segmento de atuação e buscar o maior número possível de informações sobre o público, localização, fornecedores, quantidade de concorrentes, legislação, fiscalizações, questões tributárias, entre outras.

Plano de negócios: um guia para cada passo da empresa

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