Desenvolver um conjunto de medidas de integridade dentro de uma empresa é bem mais fácil e barato do que parece. Lançada durante o 7º Fomenta Nacional, em Cuiabá, que terminou nessa quarta-feira (18), a cartilha Integridade para Pequenos Negócios mostra a importância da ética nas relações público-privadas. A publicação é uma das iniciativas do programa Empresa Íntegra, desenvolvido peloSebrae em parceria com a Controladoria Geral da União (CGU).
“Cada pessoa jurídica é corresponsável pelos atos lesivos à administração pública e isso vale também para os donos de micro e pequenas empresas”, afirmou a secretária de Transparência e Prevenção da Corrupção da CGU, Patrícia Audi, na abertura do evento, referindo-se à Lei nº 2.846, conhecida como “lei anticorrupção”, regulamentada este ano. Para ela, a não observação desse princípio pode representar a extinção de uma empresa. “Os pequenos negócios fazem circular na economia milhões de reais por ano de forma íntegra e honesta, e isso é muito importante para a distribuição de renda. Não podemos permitir que a exceção tome conta do imaginário e contamine toda a sociedade”, completou Patrícia.
A cartilha explica a importância do desenvolvimento de um trabalho de integridade dentro das empresas para a transformação do ambiente de negócios do país. “Estamos falando de uma mudança de cultura no Brasil. Enquanto, no mundo inteiro vender para o governo é considerado um bom negócio, aqui o pequeno empresário ainda tem a crença de que nunca vai chegar lá, por se tratar de um espaço reservado aos grandes”, acrescentou Gilberto Socoloski, coordenador do Programa Empresa Íntegra do Sebrae.
O coordenador de Integridade da CGU, Renato Capanema, antecipou durante o Fomenta alguns pontos do Guia Rápido para Proteger sua Empresa Contra a Corrupção, uma espécie de resumo da cartilha que será lançado em breve. Ele lembrou que adotar uma postura correta é dever de cada cidadão, empresa ou instituição. “Cada vez mais a integridade será um diferencial de mercado”, alertou.
Renato afirmou que uma postura íntegra é mais fácil e barata do que parece. “Um bom programa de integridade é aquele que diminui a probabilidade de riscos e, para isso, é fundamental que o empresário assuma o compromisso de lutar contra a corrupção, conheça sua empresa, crie um código de ética e desenvolva mecanismos de controle”. Outras orientações do guia são: cuidar da contabilidade, aplicar as regras aos funcionários, conhecer e respeitar as regras de licitação, corrigir erros e manter-se atualizado.
“O trabalho não é fácil, mas desde que fizemos convênios com os Tribunais de Contas conseguimos elevar a regulamentação da Lei Geral para aproximadamente 2,8 mil municípios. Temos que aproveitar essa parceria para estabelecer a noção de que todos os lados têm a sua responsabilidade”, encerra Gilberto.
Para conhecer a cartilha Integridade para Pequenos Negócios acesse:
http://www.cgu.gov.br/Publicacoes/etica-e-integridade/arquivos/integridade-para-pequenos-negocios.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias
Integridade é diferencial de mercado para as micro e pequenas empresas