Via : Redação ABES

Publicado: quarta-feira, 15 março, 2017 às 16:44
Por que a ética é tão importante
Documentos, guias e orientações são importantes para se construir uma empresa, mas eles precisam ser assimilados sob a luz da ética nas relações

Jogar uma lata pela janela do carro em movimento, baixar um programa irregular no trabalho, estacionar na vaga preferencial de idoso. O que ações, a princípio inofensivas, têm a ver com a ética e com a gestão de um negócio?

Presidente da ABES, associação que representa mais de 1.600 empresas do segmento de software no Brasil, Francisco Camargo explica que tais práticas ferem valores de uma boa conduta, situações que podem se refletir no todo de uma corporação e que optar pela formalidade já é um excelente começo para uma mudança cultural nesse sentido.

Ele lembra que, como tudo na vida, é melhor começar com o pé direito. “Nada que começa errado tem chance reais de futuro. Formalização e transparência são bases éticas que permitirão ao empreendedor conseguir os fundos necessários para crescer, conquistar novos clientes e linhas de crédito com fornecedores, por exemplo”, diz o presidente.

 Quanto vale a ética?

Ao adotar condutas que ferem valores, o empresário corre o risco de arcar com um prejuízo enorme para os negócios. Infringir a lei pode resultar em multas de até R$ 60 milhões, na dissolução da empresa e até mesmo em uma eventual responsabilização criminal de quem a administra, mesmo que o gestor justifique parcial ou total desconhecimento das ações.

O presidente da ABES lembra que no Brasil há legislação em vigor sobre o tema há quase quatro anos. É a Lei Anticorrupção (Lei 12.846/13), que afeta negócios de todos os portes e segmentos. “Se a empresa não tiver um claro Programa de Compliance, o administrador estará automaticamente implicado, mesmo que a infração tenha sido cometida por funcionários ou terceirizados de baixo escalão”, ressalta Camargo.

Manual de Boas Práticas

Além da ética corporativa que abrange a formalização dos empreendedores, a Associação realiza há mais de 30 anos um trabalho permanente de defesa da propriedade intelectual, combatendo a pirataria.

Para tanto, conta com o apoio de parceiros importantes como a Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação). Assim como diversas outras entidades brasileiras que fomentam a ética como ferramenta de valor para o empreendedorismo, a Brasscom mantém à disposição do empresário um Guia de Boas Práticas em PDF, esclarecendo o que são desvios éticos intencionais e não intencionais e quais as penalidades internas que a empresa pode aplicar para cada caso.

Considerando que Lei Anticorrupção afeta toda a cadeia de valor das empresas – de fornecedores a clientes – é preciso muita atenção também na hora de contratar um prestador de serviços. Um erro pode resultar numa conta alta a se pagar.

Quando o assunto é ética, o presidente da Brasscom, Sergio Paulo Gallindo, alerta para uma reflexão importante: quanto vale a imagem da sua empresa? Vale a pena correr o risco de dano à imagem por associação, mesmo que involuntária, com quem não possui um Programa de Ética Corporativa ou de Compliance?

Ser ético, segundo Gallindo, é um grande diferencial para quem quer crescer nos negócios. “Documentos, guias e orientações são importantes para se construir uma empresa, mas eles precisam ser assimilados sob a luz da ética nas relações, porque nada a substitui. A ética precisa ser a base de qualquer decisão, não só para a competitividade e credibilidade de um bom empreendimento, mas para a vida”, ressalta.

 

Ética Corporativa: por que ela é tão importante para o empreendedorismo?
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