Via : Revista PEGN

Publicado: quarta-feira, 14 março, 2018 às 16:29
O empreendedor não precisa esperar a empresa crescer para exportar. ela Pode nascer preparada para isso

Em um país de proporções continentais como o Brasil, pensar globalmente é um problema para o empreendedor. “É um aspecto cultural do brasileiro que precisamos desconstruir”, diz Gustavo Carrer, consultor do Sebrae-SP e responsável pela Arena de Negócios Internacionais, espaço voltado para exportação na Feira do Empreendedor SP 2018.

“Estamos nos esforçando para mudar algo que está enraizado no brasileiro”, diz. O espaço, com capacidade para receber até 200 pessoas, trouxe ações de capacitação, atendimento com consultores do Sebrae-SP e palestras com representantes de diferentes países. Entre os convidados, estão executivos de empresas como o Ebay.

A arena contou com espaços exclusivas para câmaras internacionais, de países como Canadá Bélgica. “Queremos mostrar as oportunidades ao empreendedor brasileiro. Levar o negócio para fora do país o coloca em outro patamar.”

Além disso, o consultor defende que o empreendedor que pensa globalmente se protege. “Quando ela exporta, torna-se mais competitiva, porque se protege de competidores internacionais que estão vindo para o Brasil.”

Pensando em melhorar a vida dos empreendedores interessados em levar seus negócios para fora do país, o consultor do Sebrae-SP listou algumas dicas e recomendações.

Confira:

1. Pense global

Segundo Carrer, uma empresa que exporta pode se defender dos competidores internacionais. “Quando exporta, torna-se mais competitiva. Isso traz vantagens. Não deve ser algo secundário.” De acordo com o consultor do Sebrae-SP, o empreendedor não precisa esperar a empresa crescer para exportar. “Pode nascer preparada para isso. Não importa se tem uma micro ou pequena empresa.”

2. Facilidade

Como o Brasil é um país de escalas continentais, levar seu produto para outras regiões do país pode ser mais difícil do que exportar. “Se você tem um negócio no Rio Grande do Sul, levar seu produto para o Ceará pode ser muito mais difícil do que para Argentina.” Segundo Carrer, a barreira logística é algo a ser analisado pelo empreendedor. “Por conta do Mercosul, às vezes é mais fácil vender seu produto para os países vizinhos da América Latina.”

3. Encontre seu ramo e foque no cliente

Para Carrer, os produtos tipicamente brasileiros têm boa aderência fora do país. “São mercadorias que dificilmente vão sofrer concorrência de mercados como a China ou Índia, onde a mão de obra é barata.” Por isso, o empreendedor deve trabalhar para encontrar seu público. “O mais difícil é achar o cliente. A burocracia e os outros elementos são facilmente resolvidos se você tem quem queira comprar o seu produto.”

4. Brasilidade

Como o consultor aponta, elementos que remetam às características locais brasileiras podem ser um bom caminho para se destacar fora do país. Entre os setores que mais se destacam neste nicho, estão alimentos, bebidas, higiene pessoal e cosméticos. “São aqueles em que as micro e pequenas têm maior força. São empreendedores mais criativos, com produtos únicos e que dificilmente serão encontrados no corredor de um supermercado norte-americano.”

5. Descubra o momento correto

“O melhor momento para você buscar o mercado internacional é quando achar que a sua empresa está preparada”, diz Carrer. Segundo o consultor, às vezes a euforia – como a retomada da economia brasileira – podem acelerar um processo ainda em desenvolvimento. “Não há como queimar etapas. Não é uma corrida de 100 metros rasos, mas, sim, uma maratona.” De acordo com o especialista, esse é um período que leva de seis meses a dois anos.

6. América Latina

O consultor do Sebrae-SP bate na tecla: o empreendedor brasileiro precisa olhar mais para a América Latina. “Há um mito sobre o mercado europeu ou norte-americano que atrapalha o empresário daqui. Países com similaridades, que gostam do Brasil, como a Colômbia ou o Peru, são ignorados sem razão.” Por isso, sugere que o empreendedor analise onde o produto nacional será bem aceito. “Além de tudo, você tem vantagens logísticas em relação a outros países do mundo. Isso faz com que o produto brasileiro chegue muito mais competitivo

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