Via : Redação ABES

Publicado: segunda-feira, 6 março, 2017 às 13:06
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Empreender é uma vocação e exige coragem

Segundo o relatório do Sebrae “Sobrevivência das empresas no Brasil –2016”, pouco mais de 75% das empresas sobrevivem aos dois primeiros anos do negócio.

Na opinião de especialistas, quem abre uma empresa apenas por necessidade e sem vocação não está preparado para lidar com a pressão nem com as exigências legais, o que somado à burocracia, pode facilmente levar à morte precoce do empreendimento.

Carlos Bittencourt, diretor do Departamento de Micro, Pequenas e Médias Indústrias da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) explica que tudo deve começar com um bom planejamento. “Conhecer de fato quem são e quais as vantagens e desvantagens de seus concorrentes, evitar improvisos, realizar uma gestão adequada e bem estruturada, analisar o momento do mercado e do seu segmento, e não só o seu momento pessoal, permitem maior segurança para quem investe, aumentando a possibilidade de sucesso”.

Ética e sobrevivência

A adoção de condutas éticas também é imprescindível para sobreviver ao período, pois permite acesso a créditos, viabiliza a contratação de funcionários e a emissão de notas fiscais que darão credibilidade e legalidade ao estabelecimento ou serviço. “Uma empresa informal não é uma empresa de fato, é apenas um sonho que ainda não foi realizado. Empreender é uma vocação e exige coragem, determinação, dedicação excessiva e disposição para enfrentar riscos e ser protagonista de uma história de sucesso”, ressalta o diretor da Fiesp.

Comemorando 30 no mercado de software, Jorge Sukarie é exemplo do quanto é importante se dedicar e buscar orientação para que o sonho de empreender se realize. Quando fundou a Brasoftware, além da dificuldade de gestão de qualquer negócio em fase inicial, existiam ainda as peculiaridades do segmento. “Em 1986, vender software no Brasil era um grande desafio, com índice de pirataria altíssimo e sem uma legislação específica para o setor, sem falar na dificuldade de conhecer a matriz tributária para a comercialização de licenças, já que o mercado era novo e não eram claros os impostos que se incidiam neste tipo de transação”.

Orientação é o caminho

Para seguir em frente, Sukarie contou com a orientação da ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software), uma entidade que representa mais de 1.600 empresas do setor. Segundo o empresário a associação permitiu que se dedicassem com mais tranquilidade ao negócio, enquanto ela cuidava do setor como um todo, garantindo que estivessem respaldados e em compliance com as regras e com a legislação. “A ABES trabalha arduamente para criar melhores condições de desenvolvimento ao segmento de TIC no Brasil, discutindo políticas públicas, marcos legais e inovação, dentre outros serviços importantíssimos”

Também com 30 anos de história, a Associação tem como objetivos orientar, proteger, conectar e promover o crescimento do mercado e a elevação das receitas das empresas associadas, fomentando a pesquisa e a inovação.

Manoel dos Santos, diretor jurídico da entidade, lembra que ela realiza ações permanentes de alerta sobre os riscos do uso de software ilegal ao empreendedorismo brasileiro, uma vez que ele gera concorrência injusta e expõe dados e informações sigilosas das empresas a malwares e programas espiões que normalmente estão associados a tal prática.

“Na qualidade de desenvolvedores de software, nossos associados são as maiores vítimas da pirataria que corrói a metade das potenciais receitas do setor. Isso impacta diretamente no desenvolvimento da nação”, explica o diretor.

Faça a diferença

Ele também ressalta que os novos empreendedores precisam fazer a diferença, buscando serem exemplos para a classe empresarial, adotando condutas éticas, acreditando no mercado formal e implantando desde o nascimento da empresa um programa de gerenciamento de ativos de software. “Se pudermos dar uma dica valiosa para que os novos negócios sobrevivam, ela é: use apenas software original e totalmente licenciado. Isso é uma forma de não arriscar o que você sonhou e viver muitos e muitos anos de sucesso na vida empresarial”.

Como sobreviver aos primeiros anos de um negócio
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